Desvendando a associação de probióticos, simbióticos e microbioma intestinal em pacientes com câncer de mama: uma revisão integrativa
Lailton Oliveira da Silva, Ismenia Martineli Lima de Sousa, Raquel Texeira Terceiro Paim, Anderson Weiny Barbalho Silva, José Juvenal Linhares
Resumo
Introdução: O câncer de mama promove diversas alterações metabólicas, além de ser o mais comum entre o sexo feminino. Nesse contexto, surge a busca de novas alternativas para o tratamento não farmacológico, que tenha como benefício melhorar o prognóstico das pacientes. Os probióticos e simbióticos ganham importância nesse cenário, pois ajudam a mitigar o efeito de diversas manifestações clínicas, podendo modular o microbioma intestinal. O objetivo do presente estudo foi identificar e descrever as melhores evidências científicas sobre os probióticos e simbióticos associados ao microbioma intestinal de pacientes com câncer de mama. Método: Uma revisão integrativa da literatura foi realizada de forma cega e independente, em janeiro de 2023, de acordo com as diretrizes PRISMA. Os resultados foram obtidos por acesso direto online utilizando as bases de dados PubMed, Science Direct e Capes, empregando a combinação dos seguintes descritores em inglês: Probiotics, Breast Cancer, Bacteria e Symbiotic. Resultados: Foram selecionados um total de sete artigos, com uma amostragem de 717 pacientes, com média de idade de 50 anos. Os estudos incluíram as cepas: Lactobacilos Casei, Acidophilus, Rhamnosus e Bulgaricus, entre outras. Elas melhoraram a saúde física e psicológica dos pacientes com câncer de mama. A microbiota intestinal parece estar associada com o estágio do câncer e um pior prognóstico. Conclusões: Os pacientes com câncer de mama podem se beneficiar com a suplementação de probióticos e simbióticos, melhorando aspectos relacionado à microbiota intestinal, promovendo resultados promissores sobre a qualidade de vida e alguns parâmetros nutricionais gerais. No entanto, as evidências encontradas demonstram a necessidade de novos estudos, para que se possa descrever quais tipos de cepas podem ser aplicados para um resultado efetivo. Recomendase que mais ensaios clínicos randomizados sejam realizados para obter resultados mais concisos.